segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pesquisa

Brasileiros estão mais conscientes

Josana Sales
Da Redação

Pesquisa inédita do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) faz revelações surpreendentes quanto aos atuais valores que mais chamam a atenção dos brasileiros. Descobriu-se que o bem-estar do próximo e da humanidade e a estabilidade social são as maiores preocupações da população. Mas será mesmo que a esperteza e o menor esforço estão perdendo espaço para a honestidade e a lealdade? Educadores que militam há anos na Rede Mato-grossense de Educação Ambiental (Remtea) acham que a pesquisa revela apenas um discurso pronto, até mesmo uma consciência de que é preciso ter êxito pessoal, estabilidade econômica sem causar danos ao próximo e ao meio ambiente. "O fato é que as pessoas ainda não conseguem agir corretamente, sabem o que é errado, mas não estão preparadas para mudar. E este é o modelo de desenvolvimento que todos querem. Grifes, comodidade a qualquer preço, relações humanas descartáveis, liquidez de tempo e de valores. O resultado é a degradação humana e ambiental", diz a doutora em Educação Ambiental do Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Michele Sato.
Um discurso pronto pode ser observado na pesquisa quando se depara com os resultados daqueles que vivem no Sudeste e Centro-Oeste. Seriam eles os mais preocupados com o bem-estar da natureza, o chamado universalismo? Para o professor de Música da UFMT e secretário executivo da Remtea, Hermam de Oliveira, a pesquisa não revela uma realidade até porque o Pnud considera os dados preliminares. "No Centro-Oeste, a preocupação ambiental é mesmo ainda uma utopia, de acordo com as pressões internacionais numa região cercada por ecossistemas sensíveis e extremamente importantes como o Pantanal e a Amazônia. Mas a população não reage bem, não é pró-ativa e nem de longe faz a lição de casa", constata.
As relações com o meio ambiente foram se deteriorando assim como com a família. Na opinião de Oliveira, antigamente a estrutura familiar e a comunidade davam conta da educação dos filhos. Hoje, existe um buraco enorme que precisa ser preenchido pela escola que também não está preparada para essa função. É o caso da relação do homem-natureza. Até a década de 60, as pessoas tinham mais proximidade com os recursos naturais, se abasteciam deles e conviviam diariamente com tudo isso. "Essa dinâmica social mudou e as pessoas ficaram mais expostas e vulneráveis", conclui.

http://www.gazetadigital.com.br/
Comentário:
Todos os dias ouvimos falar sobre temas ligados a preservção do meio ambiente,uma curiosidade não falamos mas do meio ambiente ou da natureza,mas da preservação.E parece que os alertas não teem sido suficientes para acordar a população.O investimento em conscientização é micro,na cidade de Alto Araguaia por exemplo,não existe coleta seletiva,captação de esgoto e por ai vai.A cidade possui uma riqueza imensa que é o Rio Araguaia,mas não cuida,não existe um interesse,é a impressão que se dá.
É pararmos para pensar em como era a cidade de Alto Araguaia à 30 anos,a matéria acima fala do tema de uma maneira abrangente,o consumismo hoje é um dos males que impede o trabalho de conscientização,ninguém se da o luxo de querer saber a origem do produto que está adiquirindo.
O Estado de Mato Grosso é um dos maiores produtores de grãos do país,mas para que isso fosse possível grande parte de nossos cerrados foram devastados.
O melhor que podemos fazer para contribuir para a preservação do meio ambiente é fazermos a nossa parte,mesmo que pequena e tentar repercutir,para que outras pessoas possam perceber que é possível sim,mesmo com uma pequena parcela de contribuição.

Vânia Cristina Neves

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